segunda-feira, 11 de março de 2013

Comentário sobre o livro " Quase Negros"


Quase negros
Um dos diversos mistérios que rodam a nossa existência humana, é essa incansável sensação que temos que falta alguma coisa em nossas vidas, sempre falta algo, nunca estamos satisfeitos, buscamos sempre alguma coisa e muitas vezes nem sabemos o que é, o que tanto faz falta, talvez seja uma maldição jogada por Deus ou simplesmente um desejo, fato é que todos temos essa impressão.
O titulo do livro “ Quase negros ”, levanta um dúvida logo de cara e depois é explicada logo no inicio do livro. Os olhos de Adão, são tão azuis que são quase negros, uma citação semelhante encontramos na obra de Machado de Assis “ Dom Casmurro”, quando o autor fala dos olhos de Capitu. Também se senti a influência de outros autores na obra, quando o criador apresenta cada personagem, ele faz isso com uma destreza e habilidades, traçando um perfil semelhante a Franz Kafka, eu notei também uma agilidade natural e quase irônica no modo como ele conta a história, típicas do Saramago (claro que com mais pontos finais e travessões), outro autor que também senti na história foi Castro Alves, na forma poética como ele conta a história.
A obra é um romance sem preconceitos e livre de moralismos, atual, mas ao mesmo tempo antigo, mostra que a atração física não tem idade e todos estão submissos a certos desejos naturais. O Autor nos mostra personagens reais  com medos e angustias naturais, pessoas que buscam o autoconhecimento, talvez seja mais fácil conhecer outras pessoas e lugares do que conhecer a si próprio.
Adão é alguém que busca o seu lugar no mundo, alguém que já sofreu por amor e já fez padecer também. A tristeza que a personagem senti quando percebe que já não pode mais viver o seu amor, é comovente e humanizada a figura dramática. Ele decide pelo mais fácil que é fugir e não sentir mais nada, escapar do mundo e acima tudo, de si mesmo.
Grande livro, cativante, sensível, poético, ótima leitura, essas foram às impressões que tive sobre a obra.

Autor: Marcos Alexandre Capellari
          2° edição, editora Humanas 



Entrevista com Sergio Vaz, criador do Cooperifa
Repartir o pão da sabedoria
Foi com uma simples ideia e um sonho de propagar a literatura na sua comunidade, que Sergio Vaz criou o Sarau da Cooperifa, esse projeto ganhou corpo e quase 11 anos depois, leva seus versos a muitos outros lugares
Fernando Santos
Todo menino sonha em ser jogador de futebol, e com esse mineiro de 48 anos não foi diferente. Leitor assíduo graças ao pai que tinha a leitura como hábito, o jovem rapaz foi trocando aos poucos os campos de várzea pelas bibliotecas e a bola e pelos livros, mais nunca deixando de lado o esporte que é sua grande paixão.
Casado há mais 15 anos, pai de Mariana, Sergio Vaz recebeu a nossa revista em sua casa em Taboão da Serra extremo sul de São Paulo, numa segunda-feira ensolarada, para uma conversa bem descontraída. Com um grande sorriso no rosto, muito simpático, logo nos deixou muito a vontade. Nosso primeiro contado com o poeta havia sido uma semana antes no Sarau da Cooperifa, onde ele nos recebeu na porta e convidou toda a equipe para participar do Evento.
Como dizia o poeta “Para sobreviver o homem só precisa de alimento e sonhos”, é com esse intuito que todas quartas- feiras acontece no bar do Zé Batidão os Saraus da Cooperifa. Em um ambiente que mais parece uma garagem, algo em torno de 60 metros quadrados, umas quinze mesas de plásticos espalhadas pelo local, ao centro um pedestal com um microfone, e duas caixas de som uma de cada lado. Nesse recinto duas centenas de pessoas se aglomeram para assistir o evento, homens, mulheres, crianças, idoso, donas de casa, moradores de rua, enfim todos são bem vindos pra expressar, suas angustias, medos, tristezas e alegrias, não importando se tem rima, à plateia em silêncio acompanha as apresentações, numa verdadeira troca de experiência e cultura.

Revista- Sérgio fala um pouco de você, seus projetos e planos.
 Sérgio Vaz- Mano, eu sou um cara que tenho 48 anos, sou casado, tenho uma filha chamada Mariana, moro em Taboão da Serra, sou poeta, produtor cultural, e já escrevi sete livros.
Revista- Como foi o seu primeiro contato com os livros?
Sérgio Vaz- Eu gosto de ler desde cedo, por que meu pai gostava, aprendi com ele. Mas como todo garoto de periferia, eu queria ser jogador de futebol, não deu certo, nunca imaginei ser poeta, o trabalho da Cooperifa tem haver com isso, eu sempre pensei em fazer projetos, na verdade eu queria que meus amigos gostassem de ler como eu. Assim a gente criaria uma comunidade melhor.
Revista- A cooperifa surge dessa ideia?
Sérgio Vaz- A Cooperifa foi criada por mim e pelo Marco Pezão, e a ideia era basicamente propagar a literatura na periferia.
Revista- E não tinha ninguém que falasse de poesia na periferia?
Sérgio Vaz- Sempre teve gente falando de poesia na periferia, não fui eu que inventei isso. Não existia ninguém que tivesse espaço, para falar de literatura, a Cooperifa ao menos tinha sede, era em uma fábrica abandonada em Taboão da Serra.


Revista- Que fábrica que é essa?
Sérgio Vaz- Eu tinha um amigo que fazia silk screens {é arte de colar estampa em camisa} em uma fabrica em Taboão da Serra, um dia eu fui visitá-lo e vi o espaço e falei, Caramba! Dá para fazer um monte de coisa aqui. E eu estava lendo algo sobre a semana de arte moderna de 22 { foi um evento de arte que durou uma semana, e cada dia foi dedicado a um tema: pintura, escultura, poesia, literatura e música, esse evento ocorreu no Teatro Municipal} e foi com essa influência que a gente criou os primeiros eventos da Cooperifa.  Pena que logo perdemos o local.
Revista- Ai vocês chegaram ao bar do Zé Batidão?
Sérgio Vaz- Então o Pezão conseguiu um bar em Taboão mesmo, e a gente ficou fazendo os Saraus lá, só que um e meio depois perdemos o espaço também, aí eu falei para o Zé estamos mudando para cá, e já era!
Revista- Por que um bar?
Sergio Vaz- O bar é uma cultura da periferia, assim como pipa, bolinha de gude, tudo acontece lá, a reunião do time da várzea, é onde se guarda os instrumentos da escola de samba da quebrada, é onde se discute se vai asfalta a rua, é a central de encontros da comunidade, se você não for conhecido no buteco ninguém te acha.
Revista- Os saraus acontecem as quartas- feiras, que é dia de futebol, é um jeito de tentar desalienar as pessoas?
Sérgio Vaz- Não! No domingo é sagrado, sexta e sábado tem balada, quinta-feira já começa o esquenta, então quarta- feira é o dia. Não foi de propósito, mais só cola realmente quem gosta de poesia.
Revista- Que público vem prestigiar o evento?
Sérgio Vaz- O público é bem variado, qualquer pessoa que é ligada a cultura quer conhecer o sarau da Cooperifa. Aqui a gente tem um movimento de resistência, um evento que já acontece há onze anos, sem música ou apoio do governo. Ali a gente reparti o pão da sabedoria em partes iguais!
Revista- E os vizinhos gostam da Cooperifa?
Sérgio Vaz- A o Entorno do bar não gosta muito, afinal está muito perto {risos}. Todo mundo quer ter uma feira no bairro, mas não na sua rua, mas o povo gosta sim, muitos participam.
Revista- A Cooperifa nunca recebeu apoio de nenhum órgão público?


Sérgio Vaz- Agora não mais, antes até vinham. A Gente tem um bom relacionamento com todo mundo, eles já entenderam qual é a da Cooperifa. A gente faz política sem ser partidária, acho que em outras atividades até pode ser, mas no sarau não, ele é intocável, é da comunidade.
Revista- A Cooperifa tem vários projetos entre eles: A Poesia no Ar, O Cinema na laje, A casa da ignorância, fala um pouco deles para gente.
Sérgio Vaz- Bom, o Poesia no ar, são poema colocados dentro de bexigas e que vento leva pela cidade, a gente chama de “atentados poéticos”. O cinema na laje é uma parceria da Cooperifa, e com a Pacus vídeos e o Zé Batidão exibindo basicamente documentários, por que o filme é uma boa forma de trazer cultura também. A casa da ignorância, a gente ainda não sabe direito que formato vai ter, mais vai ter teatro, disso eu sei!
Revista- Por que a Cooperifa não foi para o lado do esporte, não teria mais apego com o público?
Sérgio Vaz- Na verdade eu sou um cara do esporte, eu joguei na várzea, mas a atividade física só mexe com o corpo, e não com a mente, não traz cidadania e sim subserviência, não que isso acontece de propósito.
Revista- Como assim?
Sérgio Vaz- O esporte é da hora! Só que a gente quer literatura, ninguém passa incólume pela poesia, se você é jornalista e não lê, você vai ser um péssimo profissional. Quem comanda esse país lê, então deve ser interessante, a gente tem que criar esse hábito também! {risos}
Revista- Quais as principais dificuldades que o projeto enfrenta?
Sérgio Vaz- O povo não gosta de ler cara, é muito difícil tirar a pessoas da mediocridade. É muito gratificante quando as pessoas voltam a estudar por causa da Cooperifa. O incentivo a leitura não é uma coisa fácil, não é o estado somos nós mesmo.
Revista- E como mudar isso?
Sérgio Vaz- Os projetos são muito teóricos, propaganda de incentivo a leitura aquilo não instiga ninguém, só o cara que ganhou cachê para fazer, talvez nem ele.

Revista – A culpa então é do governo?
Sergio Vaz- Primeiro a gente precisa centralizar isso. Já me falaram que a gente precisa ter uma revolução armada, mas nós primeiro precisamos aprender a ler o manual de instrução. Não que eu seja a favor! As pessoas votam no Kassab {atual prefeito de São Paulo} e depois ficam perguntando o que ele esta fazendo lá. {risos}
 Revista- A gente não sabe ser democrático então?
Sérgio Vaz- A democracia não existe. Eu acho que ela significa acesso à cultura, educação, saúde e segurança. Você tem direito de ir e vir, aonde? Em Moema. Tem bairros que você não pode exercer esse direito, ou tu é parado pela policia ou pelo ladrão.
Revista- Como você definiria o Cooperifa hoje?
Sergio Vaz- É um movimento cultural da periferia para a comunidade, é isso!
Revista- Sérgio tem alguma coisa que nós deixamos perguntar e você gostaria de acrescentar?
Sérgio Vaz- Eu Gostaria de falar dos meus Sete livros que são: Subindo a ladeira Mar à noite, A margem do vento, Pensamentos vadios, A poesia dos Deuses inferiores, Colecionador de pedras, Cooperifa antropofagia periférica, Literatura pão e poesia.
Revista- Sérgio escolhe uma frase para encerrar a entrevista?
Sérgio Vaz- Não confunda briga com luta, a primeira tem hora e local para acabar, e a segunda continua a vida toda!










domingo, 23 de dezembro de 2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

Encontro com um fim

Foto: http://ribeirosamar.blogspot.com.br/2010/10/rosa-azul.html

Precisei morrer para entender o que é a vida
Todas as formas de luz que vivi, apenas refletiram a minha escuridão
Um poeta morto é como viver num eterno crepúsculo da alma.
A vida passa e os sentidos perdem os tons da beleza dos seres, das artes, das paixões, do eu.
O homem, sempre egoísta, pede a outros o amor que nunca saiu do seu olhar
Roga a alma, o brilho que deveria irradiar das suas próprias palavras.
O poeta, morto como é, rouba de sua amiga o suor que deveria ser seu, o sabor que há muito sua própria boca não produz
Pede sentido de tudo, para que continue a ser poeta.
Triste é ser morto sem nunca ter buscado
É não ter paixão em si
É nunca ter bebido do cálice da vida e, mesmo assim, não saber disso.
Quero que entendas, hoje, apenas nesse instante, ao deitar sob o bojo do meu eu, vejo que a Morte, muito honrada, não me puniu.
Ao não mais poder abrir os olhos a cada novo amanhecer, fui libertado, purificado.
Talvez no teu regaço, nunca mais poderei deixar minha alma poeta se martirizar
Foi preciso morrer para entender que a eterna liberdade que busco, sem o devido óbito do meu ego, não seria alcançada.
Todas as expressões outrora construídas, no presente, não me dizem nada
Por não ter mais vida no meu peito, entendo que há muito minha alma jazia sem sol
Sempre a procura, hoje sabe que ninguém jamais encontrou. 
Por isso, seu nome, nunca pude pronunciar
Ser tolo não é perder o que tem.
A tolice do homem é não abrir os olhos da alma e assim, ver o que realmente precisa buscar
Fui meu próprio ceifador 
Da carne, do sangue, da prece, dos justos e injustos suguei a essência
Mortal, foi saber que do poeta nunca pude tirar o ar da vida e na vida, mera anfitriã, nunca soube me fazer eterno.


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Desiderata

Foto: http://vidasustentavel.wordpress.com/

"Siga tranquilamente entre a inquietude e a pressa, 
lembrando-se de que há sempre paz no silêncio. 
Tanto quanto possível sem humilhar-se, mantenha-se em harmonia com todos que o cercam.
Fale a sua verdade, clara e mansamente.
Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história.
Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito. 
Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você: 
isso o tornaria superficial e amargo.
Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar.
Mantenha o interesse no seu trabalho, 
por mais humilde que seja ele, é um verdadeiro tesouro na continua mudança dos tempos.
Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas. 
Mas não fique cego para o bem que sempre existe.
Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.
Seja você mesmo.
Sobretudo, não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira, pois, no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva.
Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos 
e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.
Cultive a força do espírito e você estará preparado 
para enfrentar as surpresas da sorte adversa. 
Não se desespere com perigos imaginários: 
muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.
Ao lado de uma sadia disciplina conserve, 
para consigo mesmo, uma imensa bondade.
Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores, 
você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber, 
a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.
Procure, pois, estar em paz com Deus, 
seja qual for o nome que você lhe der. 
No meio do seu trabalho e nas aspirações, na fatigante jornada pela vida, conserve, no mais profundo do seu ser, a harmonia e a paz.
Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano, o mundo ainda é bonito.
Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz 
e partilhe com os outros a sua felicidade". 

Texto escrito por Max Ehrmann, escritor americano, morto em 1945. Essa prosa poética foi encontrada na igreja de Saint Paul, na cidade de Baltimore, em 1962 e já foi traduzida para mais de 60 idiomas.



segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um poema para libertar – Ato 1

Foto: http://ozhernandez.blogspot.com.br/
Novamente caiu em prantos por ti, bela moça que enrubesce meu ser a cada novo olhar de desespero.
Teu sexo, tua carne, teu sabor, hoje estão um pouco mais sem vida, sem tom, sem desejo.
De que vale um poeta amante para um alguém que não possui a alma dos apaixonados, dos ousados, dos desesperados
Teu desejo que me inebriava hoje não mais desafoga meu ser, ainda perdido nas águas cálidas e turvas da desesperança
Hoje não revela, por trás das nuvens densas do destino, o sol de primavera que, outrora, erradia beleza perante o livre girassol do recomeço
Agora o medo não será algo do meu futuro
As flores negras do passado, não habitaram mais o meu destino, o caminho do poeta.
O temporal de viver sem ti, não destruirá o forte que protege o meu coração trovador
Teus funestos e sedutores lábios, abrigo cruel e apaixonante, não carregarão, a cada novo desabrochar, a espada que dilacera minha carne mortal
Para mim começa um novo dia, inicia-se o ato um, o ato de viver, de querer e de sentir os ventos que há muito deixaram de ser notados
Porque meu vão desejo os aprisionava longe do meu eu
Assim, simplesmente assim, volto a viver e a ter de volta aquilo que meus sentidos despejaram muitas e muitas vezes dentro de ti
Flor morena sem ti, pobre que sou, volto a ter um pouco mais de mim.


sábado, 24 de novembro de 2012

Tropicaliando

foto: http://www.ofluminense.com.br

Fui estético, musical, fui político, fui mortal, então cálice.
Não estou no que mostro, nem no que não mostro, me interpretem a sua forma, a sua maneira, mas nunca cálice diante de mim.
Nasci para incomodar, pra manifestar, pra distorcer.
Não estou acima nem abaixo, estou nas entrelinhas, estou implícito e convicto.
Cálice, lá junto com o sangue derramado, com vozes silenciadas, com obras gritantes que assim, você verá meu eu.
O sorvete é vermelho, a rosa é vermelha, mas meu sangue vermelho brilhará diante da notícia, diante do sol, sendo que nesse domingo aqui nesse parque, diante dessa bomba de olhos azuis, um cálice nunca mais receberei.
Estou e sou implícito, então olhe diante de mim João que veraz que não estou pra brincadeira e, através das brincadeiras que faço, do cálice da arte volto a beber.
E então quem sou? Sou simplesmente Brasil.

foto: http://quecorralavoz.com

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Em defesa do XINGU!!!



Fonte: http://www.ncpam.com.br/2011/02/contestacao-de-belo-monte.html
A polêmica em torno da construção da usina de Belo Monte na Bacia do Rio Xingu, em sua parte paraense, já dura mais de 20 anos. Entre muitas idas e vindas, a hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, vem sendo alvo de intensos debates na região, desde 2009, quando foi apresentado o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) intensificando-se a partir de fevereiro de 2010, quando o MMA concedeu a licença ambiental prévia para sua construção.
Quem Não sabe o que se trata, vale a pena pesquisar.

sábado, 10 de novembro de 2012


Resolvi sair por aí com o meu celular e fotografar algumas coisinhas. Esse foi o resultado. Dia no parque 10/11/12.

















domingo, 4 de novembro de 2012

Um pequeno poema para libertar

Foto: http://ostrafazendoperola.blogspot.com.br



A prisão da liberdade

Amo por querer ser amado e não pelo vão desejo de estar junto
Livre no mundo? Talvez nunca seja, mas porque uma vida prisioneira é sinônimo de amor.
O que o poeta quer? Quer a liberdade da vida a dois.
Quer a prisão da liberdade a dois sem abrir mão de ter a vós, linda donzela de pele morena e olhos negros que revelam os caminhos da minha perdição.
O que o poeta busca?
Apenas o vento que fará as asas do meu coração novamente baterem para assim, sobrevoar as terras áridas e as esperanças infecundas que insistem em turvar sua alma.
O que o poeta tem?
Tem o amor, sentimento mórbido e fugaz que dilacera cada parte do seu espírito a cada novo ciclo da orbi do seu desejo.
O que o poeta precisa?
Precisa de ti, bela e inebriante donzela, que a ele e a ela encanta, mas para o poeta oferece apenas a dor da dependência, do desejo e da eternidade não mais alcançada.
Precisa beber novamente do teu sexo, do teu calor, do teu espírito devasso e quente.
 Quente como a luz do sol que ilumina seu rosto a cada novo dia que surge, simplesmente para louvar a tua rara beleza morena.
Precisa de ti e apenas de ti, do teu suor, da tua boca, do teu sexo, da tua vida e do teu ar.
Para que novamente as asas aprisionadas no coração do poeta que esperam lúgubres para semear a vida possam, nesse dia, fazer brotar esperanças no solo fértil do amor. 

Recomeço

Após a virada do mês e com a proximidade do final do ano, o Miscelânea encerra sua homenagem ao mestre Darcy Ribeiro e retoma sua habitual salada de ideias . Com isso, peço ao nossos amigos para acompanhem as novas misturas que nosso time colocará nessa instigante bagunça organizada.
Obrigados a todos que já nos prestigiaram e para  aqueles que nos virem agora, obrigado pela oportunidade e gentileza de parar e nos ler.

obrigado e que venham novas ideias.

QUANDO A CORRUPÇÃO PASSOU A SER ACEITÁVEL?

Será que em algum momento entre 2015 e 2020 houve uma redefinição de conceitos morais e, com isso, algumas corrupções passaram a ser aceit...