segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um poema para libertar – Ato 1

Foto: http://ozhernandez.blogspot.com.br/
Novamente caiu em prantos por ti, bela moça que enrubesce meu ser a cada novo olhar de desespero.
Teu sexo, tua carne, teu sabor, hoje estão um pouco mais sem vida, sem tom, sem desejo.
De que vale um poeta amante para um alguém que não possui a alma dos apaixonados, dos ousados, dos desesperados
Teu desejo que me inebriava hoje não mais desafoga meu ser, ainda perdido nas águas cálidas e turvas da desesperança
Hoje não revela, por trás das nuvens densas do destino, o sol de primavera que, outrora, erradia beleza perante o livre girassol do recomeço
Agora o medo não será algo do meu futuro
As flores negras do passado, não habitaram mais o meu destino, o caminho do poeta.
O temporal de viver sem ti, não destruirá o forte que protege o meu coração trovador
Teus funestos e sedutores lábios, abrigo cruel e apaixonante, não carregarão, a cada novo desabrochar, a espada que dilacera minha carne mortal
Para mim começa um novo dia, inicia-se o ato um, o ato de viver, de querer e de sentir os ventos que há muito deixaram de ser notados
Porque meu vão desejo os aprisionava longe do meu eu
Assim, simplesmente assim, volto a viver e a ter de volta aquilo que meus sentidos despejaram muitas e muitas vezes dentro de ti
Flor morena sem ti, pobre que sou, volto a ter um pouco mais de mim.


Um comentário:

  1. Lindo poema, triste mais libertador.
    Adorei, a ida de um amor nos trara um novo amor. Eu acredito que as pessoas passam por nossa vida para somar, algumas marcam e outras nos leva um pedaço, da qual sempre iremos lembrar.

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