segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um poema para libertar – Ato 1

Foto: http://ozhernandez.blogspot.com.br/
Novamente caiu em prantos por ti, bela moça que enrubesce meu ser a cada novo olhar de desespero.
Teu sexo, tua carne, teu sabor, hoje estão um pouco mais sem vida, sem tom, sem desejo.
De que vale um poeta amante para um alguém que não possui a alma dos apaixonados, dos ousados, dos desesperados
Teu desejo que me inebriava hoje não mais desafoga meu ser, ainda perdido nas águas cálidas e turvas da desesperança
Hoje não revela, por trás das nuvens densas do destino, o sol de primavera que, outrora, erradia beleza perante o livre girassol do recomeço
Agora o medo não será algo do meu futuro
As flores negras do passado, não habitaram mais o meu destino, o caminho do poeta.
O temporal de viver sem ti, não destruirá o forte que protege o meu coração trovador
Teus funestos e sedutores lábios, abrigo cruel e apaixonante, não carregarão, a cada novo desabrochar, a espada que dilacera minha carne mortal
Para mim começa um novo dia, inicia-se o ato um, o ato de viver, de querer e de sentir os ventos que há muito deixaram de ser notados
Porque meu vão desejo os aprisionava longe do meu eu
Assim, simplesmente assim, volto a viver e a ter de volta aquilo que meus sentidos despejaram muitas e muitas vezes dentro de ti
Flor morena sem ti, pobre que sou, volto a ter um pouco mais de mim.


sábado, 24 de novembro de 2012

Tropicaliando

foto: http://www.ofluminense.com.br

Fui estético, musical, fui político, fui mortal, então cálice.
Não estou no que mostro, nem no que não mostro, me interpretem a sua forma, a sua maneira, mas nunca cálice diante de mim.
Nasci para incomodar, pra manifestar, pra distorcer.
Não estou acima nem abaixo, estou nas entrelinhas, estou implícito e convicto.
Cálice, lá junto com o sangue derramado, com vozes silenciadas, com obras gritantes que assim, você verá meu eu.
O sorvete é vermelho, a rosa é vermelha, mas meu sangue vermelho brilhará diante da notícia, diante do sol, sendo que nesse domingo aqui nesse parque, diante dessa bomba de olhos azuis, um cálice nunca mais receberei.
Estou e sou implícito, então olhe diante de mim João que veraz que não estou pra brincadeira e, através das brincadeiras que faço, do cálice da arte volto a beber.
E então quem sou? Sou simplesmente Brasil.

foto: http://quecorralavoz.com

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Em defesa do XINGU!!!



Fonte: http://www.ncpam.com.br/2011/02/contestacao-de-belo-monte.html
A polêmica em torno da construção da usina de Belo Monte na Bacia do Rio Xingu, em sua parte paraense, já dura mais de 20 anos. Entre muitas idas e vindas, a hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, vem sendo alvo de intensos debates na região, desde 2009, quando foi apresentado o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) intensificando-se a partir de fevereiro de 2010, quando o MMA concedeu a licença ambiental prévia para sua construção.
Quem Não sabe o que se trata, vale a pena pesquisar.

sábado, 10 de novembro de 2012


Resolvi sair por aí com o meu celular e fotografar algumas coisinhas. Esse foi o resultado. Dia no parque 10/11/12.

















domingo, 4 de novembro de 2012

Um pequeno poema para libertar

Foto: http://ostrafazendoperola.blogspot.com.br



A prisão da liberdade

Amo por querer ser amado e não pelo vão desejo de estar junto
Livre no mundo? Talvez nunca seja, mas porque uma vida prisioneira é sinônimo de amor.
O que o poeta quer? Quer a liberdade da vida a dois.
Quer a prisão da liberdade a dois sem abrir mão de ter a vós, linda donzela de pele morena e olhos negros que revelam os caminhos da minha perdição.
O que o poeta busca?
Apenas o vento que fará as asas do meu coração novamente baterem para assim, sobrevoar as terras áridas e as esperanças infecundas que insistem em turvar sua alma.
O que o poeta tem?
Tem o amor, sentimento mórbido e fugaz que dilacera cada parte do seu espírito a cada novo ciclo da orbi do seu desejo.
O que o poeta precisa?
Precisa de ti, bela e inebriante donzela, que a ele e a ela encanta, mas para o poeta oferece apenas a dor da dependência, do desejo e da eternidade não mais alcançada.
Precisa beber novamente do teu sexo, do teu calor, do teu espírito devasso e quente.
 Quente como a luz do sol que ilumina seu rosto a cada novo dia que surge, simplesmente para louvar a tua rara beleza morena.
Precisa de ti e apenas de ti, do teu suor, da tua boca, do teu sexo, da tua vida e do teu ar.
Para que novamente as asas aprisionadas no coração do poeta que esperam lúgubres para semear a vida possam, nesse dia, fazer brotar esperanças no solo fértil do amor. 

Recomeço

Após a virada do mês e com a proximidade do final do ano, o Miscelânea encerra sua homenagem ao mestre Darcy Ribeiro e retoma sua habitual salada de ideias . Com isso, peço ao nossos amigos para acompanhem as novas misturas que nosso time colocará nessa instigante bagunça organizada.
Obrigados a todos que já nos prestigiaram e para  aqueles que nos virem agora, obrigado pela oportunidade e gentileza de parar e nos ler.

obrigado e que venham novas ideias.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Biografia

 
 


Darcy Ribeiro nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, em 26 de outubro de 1922, e morreu em 1997. Ao longo de sua vida, foi antropólogo, educador e romancista.
Iniciou seus estudos com medicina, curso ao qual não se adaptou. Mudou, então, para Ciências Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, com especialização em Antropologia, onde se formou em 1946.  Darcy dedicou os primeiros anos de sua vida profissional ao estudo dos índios do Brasil Central, Amazônia e Pantanal. Ele, no mesmo período, fundou o Museu do Índio (o qual dirigiu até 1947), e foi colaborador na criação do Parque Indígena do Xingu. Além disso, escreveu uma obra etnográfica e de defesa da causa indígena.

Foi diretor de Estudos Sociais do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais do MEC, de 1957 a 1961. Criou a Universidade de Brasília.
Viveu em vários países latino-americanos e neles conduziu programas de reforma universitária. Lecionou Antropologia na Universidade Oriental do Uruguai, foi assessor do presidente Salvador Allende, no Chile, e de Velasco Alvarado, no Peru. Durante esse período de tempo, escreveu os cinco volumes de Antropologia da Civilização. Nestes livros, é proposta uma teoria explicativa da desigualdade entre os povos americanos.

Dercy se dedicou muito à escrita durante sua vida. Escreveu Maíra e O mulo; publicou um balanço da história brasileira de 1900 a 1980, chamado Aos trancos e barrancos, além de Ensaios Insólitos e Testemunho. Editou A uma etnológica brasileira. Publicou, em espanhol e em português, A fundação do Brasil; uma compilação de seus discursos e ensaios chamada O Brasil como problema e Noções das Coisas, um livro ilustrado para adolescentes.
Retornou ao Brasil em 1976 e, então, dedicou-se à política e à educação. Elegeu-se vice-senador do Rio de Janeiro, foi secretário da Cultura e coordenador do Programa de Educação, criou a Biblioteca Pública Estadual, a Casa França-Brasil, a Casa Laura Alvin, o Centro Infantil de Cultura de Ipanema e o Sambódromo, que funcionava como escola primária. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.

Em 1996, entregou à editora Companhia das Letras seus Diários Índios, os quais continham anotações feitas durante seu estudo dos índios Urubu-Kaapor, da Amazônia.
Contribuiu para o tombamento de 98 quilômetros de praias e encostas, além de casas do Rio de Janeiro. Foi colaborador na criação do Memorial da América Latina. Gravou um disco na série mexicana Vozes da América e adquiriu títulos de Doutor Honoris Causa da Sorbonne e das Universidades de Montevidéu, Copenhague e da Venezuela Central.



O culto



O culto ocorre em Templos, Centros e Tendas, lugares onde os umbandistas se encontram para cultuar os orixás e seus guias. Esses atos são chamados de giras, sessões ou cultos. A ligação entre os encarnados e os desencarnados é feita por médiuns. As sessões são divididas em desenvolvimento e consulta.
O pai de santo, médium mais experiente, é o chefe do culto.  É ele que coordena as giras e incorpora o guia-chefe.

Há também outros médiuns que "emprestam" seus corpos para os guias. Além deles, há os Ogãs que tocam um instrumento de percussão chamado atabaque e com ele transmitem vibração da espiritualidade superior. Tal ato cria um campo energético que atrai os espíritos, e são geralmente responsáveis pela harmonia da gira.
Por fim, os corimbas, que cantam, e as cambonas, encarregadas de atender as entidades e fornecer todo o material necessário para a realização dos trabalhos.

As entidades incorporadas são: Pretos-Velhos, Caboclos, Crianças, Boiadeiros, Marinheiros, Baianos, Orientais e Mineiros. Outras entidades, como Malandros e Ciganos; e as de Quimbanda: Exus e Pomba-Giras (muitos centros não utilizam essas entidades em atendimentos).
Na consulta, as pessoas procuram conversam com as entidades visando obter conselhos, cura e descarrego.  Lá, a pessoa pode tomar um passe, que ocorre quando a entidade reorganiza o campo energético astral da pessoa e retira os fluidos negativos que nela possam estar.

O descarrego é feito com a ajuda de um médium. Ele capta a energia negativa da pessoa e a transfere para espaços do terreiro que dissipam estas energias. Nos dias de desenvolvimento há as giras mediúnicas. Nelas, os sacerdotes ensinam os mecanismos próprios da mediunidade.

domingo, 7 de outubro de 2012

A Umbanda e sua história


A história da Umbanda


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foto de um terreiro de Umbanda tirada do site www.terreiropenaverde.com.br

No Brasil existem mais de 140 milhões de católicos, e é um dos países com mais fieis no mundo. No decorrer de sua história, desde seu descobrimento, o Brasil acolheu diversos tipos de pessoas de todas as partes do mundo, e essa mistura é presente e sentida nos dias atuais.

Mesmo sendo um país que tem a maioria da sua população católica, o Brasil possui um leque enorme de outras religiões e uma delas é a Umbanda, que é uma religião tipicamente brasileira. A palavra Umbanda possui vários significados, um deles é união da banda, ou seja, união de religiões.

Os ensinamentos da Umbanda são: fé, amor, caridade e esperança. A religião é uma junção de outras vertentes religiosas, como o Catolicismo, Candomblé e Cardecismo. A prática umbandista já existia desde a época da colonização, mas só foi proclamada como religião em 1908, quando o então Cardercista Zélio Fernandino de Moraes, recebeu o espírito do “Caboclo Sete Encruzilhadas”, em um terreiro no Rio de Janeiro e fundou o primeiro terreiro de Umbanda da história.

Geralmente um terreiro de Umbanda possui o chefe e alguns médiuns, que incorporam os espíritos, além dos tocadores de tambor, que também cantam as músicas de ordem religiosa. Dentro de um centro de Umbanda, você encontra imagens católicas, símbolos do candomblé e do cardecismo. Os médiuns utilizam roupas brancas e limpas e guias que servem de para-raios, uma vez que eles estão expostos a todos os tipos de energia. Depois de usadas, as vestimentas devem ser lavadas e guardadas, e depois de velhas, devem ser despachadas em um ritual, porque elas fazem parte do rito e não devem ser descartadas em qualquer lugar.

A Umbanda ainda é muito discriminada no Brasil, que é um país Católico, porque dentro de seus encontros pessoas incorporam espíritos. Essas entidades que se apossam do corpo desses cidadãos gostam muito de bebida, por isso que os médiuns parecem estar bêbados, mesmo sem ter ingerido uma gota de álcool.

Na umbanda existem 14 Orixás que protegem, cuidam e ajudam as pessoas. Atualmente no Brasil existem mais de 400 mil umbandistas.





Umbanda


A opressão, forma uma religião?






foto dos Orixás da Umbada tirada do site correionago.ning.com

Fotos de santos Católicos tirada do blog temaspolemicosigreja.blogspot.com
Um dos maiores crimes que a humanidade foi capaz de cometer, e olha que não foram poucos, como não lembrar então, dos genocídios, do apartheide, bomba nuclear entre outros. Uma dessas atrocidades que merece destaque é a escravidão, que foi uma das práticas mais repudiosas que o homem foi capaz de fazer.

Na época que Portugal colonizou o Brasil não existia tanta mão de obra aqui, então os Lusitanos a importaram da África, trazendo para o Brasil habitantes do continente africano para trabalhar aqui como escravos. O povo africano daquela época já tinha habilidades para o cultivo, sabia forjar ferramentas e tinham um biótipo avantajado.

Além de terem que trabalhar muito, os escravos não tinham alimentos dignos e viviam amontoados em senzalas. Eles não tinham o direito nem de cultuar os seus deuses. Os portugueses que eram e são até hoje, um país católico, não permitia e reprimia qualquer manifestação religiosa que não fosse a deles.

Então os escravos que tinham o candomblé como religião, para poder continuar rezando para os seus orixás, fingiam estar rezando para santos católicos, mas na verdade estavam orando para as suas próprias divindades. Esse fenômeno, por assim dizer, veio se tornar anos mais tarde, uma religião, a Umbanda, que nós conhecemos hoje. Então quando um escravo rezava para Nossa Senhora, estava pensando em Oxum, Santa Barbara (Iansã), São Jerônimo (Xangô), São Jorge (Ogum), Jesus Cristo (Oxalá) entre outros.

Muitos dos aprendizados que temos hoje, devemos ao povo africano, que por mais que fosse escravizado, sempre teve em seu DNA a liberdade, a criatividade, a força e a esperança, transformando uma dificuldade em coisas boas. Esses ensinamentos não se encontram só na religião, também podemos sentir essa influência na culinária, no esporte, em cultura e em muitos outros campos.

Capoeira Contemporânea




Trazidos em péssimas condições e separados de suas famílias no navio negreiro, os escravos contribuíram muito para a cultura brasileira com aquilo que trouxeram da África. Em alguns momentos, chegou e pensar-se que eles podem ter sido aculturados. Uma das coisas que os negros incluíram em nossa cultura é a prática da capoeira.

Muito mais que movimentos físicos, a capoeira possui grande tradição desde a época da escravidão, onde teve seu início. Antes da existente e praticada atualmente, havia duas vertentes, sendo elas a Capoeira Angola e a Regional.

No ano de 1970, a prática deixa de ser somente brasileira, e começa a se expandir pelo exterior, principalmente nos países da Europa. Neste mesmo ano, surgiu a capoeira contemporânea, um movimento de vanguarda, considerada uma evolução natural da luta queé bastante exercida e possui muito mais acrobacias, com características de estilo misto das anteriores.

Além dos movimentos acrobáticos, também são considerados atributos da capoeira moderna a normatização da prática, uniformização, adoção do sistema de graduação através de cordas ou cordões e a fundação de federações e associações.

Muitos movimentos da capoeira atual não são encontrados na prática das angolana e regional.

Assim como a capoeira contemporânea é uma junção das outras, assim também é o povo brasileiro, híbrido em sua cultura, fruto da mistura dos índios, negros e europeus.

QUANDO A CORRUPÇÃO PASSOU A SER ACEITÁVEL?

Será que em algum momento entre 2015 e 2020 houve uma redefinição de conceitos morais e, com isso, algumas corrupções passaram a ser aceit...