segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Biografia

 
 


Darcy Ribeiro nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, em 26 de outubro de 1922, e morreu em 1997. Ao longo de sua vida, foi antropólogo, educador e romancista.
Iniciou seus estudos com medicina, curso ao qual não se adaptou. Mudou, então, para Ciências Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, com especialização em Antropologia, onde se formou em 1946.  Darcy dedicou os primeiros anos de sua vida profissional ao estudo dos índios do Brasil Central, Amazônia e Pantanal. Ele, no mesmo período, fundou o Museu do Índio (o qual dirigiu até 1947), e foi colaborador na criação do Parque Indígena do Xingu. Além disso, escreveu uma obra etnográfica e de defesa da causa indígena.

Foi diretor de Estudos Sociais do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais do MEC, de 1957 a 1961. Criou a Universidade de Brasília.
Viveu em vários países latino-americanos e neles conduziu programas de reforma universitária. Lecionou Antropologia na Universidade Oriental do Uruguai, foi assessor do presidente Salvador Allende, no Chile, e de Velasco Alvarado, no Peru. Durante esse período de tempo, escreveu os cinco volumes de Antropologia da Civilização. Nestes livros, é proposta uma teoria explicativa da desigualdade entre os povos americanos.

Dercy se dedicou muito à escrita durante sua vida. Escreveu Maíra e O mulo; publicou um balanço da história brasileira de 1900 a 1980, chamado Aos trancos e barrancos, além de Ensaios Insólitos e Testemunho. Editou A uma etnológica brasileira. Publicou, em espanhol e em português, A fundação do Brasil; uma compilação de seus discursos e ensaios chamada O Brasil como problema e Noções das Coisas, um livro ilustrado para adolescentes.
Retornou ao Brasil em 1976 e, então, dedicou-se à política e à educação. Elegeu-se vice-senador do Rio de Janeiro, foi secretário da Cultura e coordenador do Programa de Educação, criou a Biblioteca Pública Estadual, a Casa França-Brasil, a Casa Laura Alvin, o Centro Infantil de Cultura de Ipanema e o Sambódromo, que funcionava como escola primária. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.

Em 1996, entregou à editora Companhia das Letras seus Diários Índios, os quais continham anotações feitas durante seu estudo dos índios Urubu-Kaapor, da Amazônia.
Contribuiu para o tombamento de 98 quilômetros de praias e encostas, além de casas do Rio de Janeiro. Foi colaborador na criação do Memorial da América Latina. Gravou um disco na série mexicana Vozes da América e adquiriu títulos de Doutor Honoris Causa da Sorbonne e das Universidades de Montevidéu, Copenhague e da Venezuela Central.



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