A
opressão, forma uma religião?

Um dos maiores crimes que a humanidade
foi capaz de cometer, e olha que não foram poucos, como não lembrar então, dos
genocídios, do apartheide, bomba nuclear entre outros. Uma dessas atrocidades
que merece destaque é a escravidão, que foi uma das práticas mais repudiosas que
o homem foi capaz de fazer.
Na época que Portugal colonizou o
Brasil não existia tanta mão de obra aqui, então os Lusitanos a importaram da África,
trazendo para o Brasil habitantes do continente africano para trabalhar aqui
como escravos. O povo africano daquela época já tinha habilidades para o
cultivo, sabia forjar ferramentas e tinham um biótipo avantajado.
Além de terem que trabalhar muito, os
escravos não tinham alimentos dignos e viviam amontoados em senzalas. Eles não
tinham o direito nem de cultuar os seus deuses. Os portugueses que eram e são
até hoje, um país católico, não permitia e reprimia qualquer manifestação
religiosa que não fosse a deles.
Então os escravos que tinham o
candomblé como religião, para poder continuar rezando para os seus orixás, fingiam
estar rezando para santos católicos, mas na verdade estavam orando para as suas
próprias divindades. Esse fenômeno, por assim dizer, veio se tornar anos mais
tarde, uma religião, a Umbanda, que nós conhecemos hoje. Então quando um
escravo rezava para Nossa Senhora, estava pensando em Oxum, Santa Barbara (Iansã),
São Jerônimo (Xangô), São Jorge (Ogum), Jesus Cristo (Oxalá) entre outros.
Muitos dos aprendizados que temos hoje,
devemos ao povo africano, que por mais que fosse escravizado, sempre teve em
seu DNA a liberdade, a criatividade, a força e a esperança, transformando uma
dificuldade em coisas boas. Esses ensinamentos não se encontram só na religião,
também podemos sentir essa influência na culinária, no esporte, em cultura e em
muitos outros campos.
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