Foto tirada do site: www.nightrun.com.br
Os
amarelos invadiram o sambódromo do Anhembi
Quem passou pela Marginal
Tiete, sábado dia 23/03, por voltas das dezoito horas, viu um mar de gente,
quase todos vestidos com uma camisa amarela. O intuito dessa multidão era
participar da maratona “Night Run”, que foi realizada no complexo Anhembi.
Os participantes tinham duas
escolhas, correr cinco ou dez quilômetros, a corrida começava dentro do
Sambódromo, passava pelas ruas entorno do complexo e parque. Esse formato de
prova ainda é novo no Brasil, geralmente as corridas acontecem durante o dia,
mas proposta do evento é fazer uma balada no começo, no meio e no fim da
corrida, o som está presente todo o tempo.
Longe de estarmos preparados,
eu a Cibele minha namorada, decidimos correr está prova, ela preferiu correr
cinco eu, por minha vez, decidi correr dez quilômetros. Essa missão não me
parecia uma coisa muito difícil, mas já fazia algumas semanas que não corria, porém orgulhoso que sou, nunca iria desistir desse objetivo.
Conforme os minutos iam
passando, a minha agonia ia crescendo, parecia que a hora da corrida nunca ia
chegar e eu só queria mostrar para mim e para todo mundo que eu conseguiria
correr aquela prova.
O tempo estava frio e
garoava bastante, eu me alongava, um pouco inseguro, nunca tinha visto tanta
gente junta. Arrumei o meu short, zerei o meu cronometro e esperei a contagem
regressiva.
Quando começou a corrida, eu
tentei manter um ritmo único, por causa disso, vi muitos me passarem, esse
momento foi muito difícil, afinal de contas é estranho ver muitas pessoas te
ultrapassando. Tentei me concentrar na prova e limpei a minha mente, pensei
única exclusivamente em mim.
A cada passo que dava, já
era uma vitória e uma confirmação de que eu ia conseguir. Os primeiros quinze
minutos passaram rápido, para ser franco eu nem percebi, estava forte, firme e
muito confiante e ninguém poderia me parar. A não ser aquela dor chata que
sinto no tornozelo.
Aos poucos começo a
ultrapassar muita gente, me sentia vivo, meu coração pulsava vida e esperança.
Nessa corrida eu aprendi muito sobre mim e sobre os outros, por alguns minutos,
eu simplesmente parei a beleza e andei nas nuvens.
Aumentei o ritmo
prematuramente no quarto quilômetro, foi engraçado me sentia muito bem, quando
cheguei ao seis, me arrependi dessa escolha e voltei para o meu ritmo inicial.
Comecei a sentir cansaço e preguiça, parecia tão longe e as dores musculares
começavam, passo a passo o meus fantasmas interiores viam me atormentar.
Mesmo rodeado de gente, me
sentia tão sozinho, eu conseguia ouvir o barulho dos meus passos solitários no
meu da multidão. Chego aos quarenta minutos e rapidamente passos os cinquenta,
vejo muitos caminhando e outros desistindo. Resolvo aumentar o ritmo afinal
falta tão pouco.
Enfim avisto a linha de
chegada faltavam apenas quatrocentos metros e nada mais poderia me impedir,
acelerei mais, corri feito um louco, passada a passada, eu aumento o ímpeto,
passo pela linha de chegada e continuo correndo, só paro de correr quando vejo
a Cibele, enfim a abraço, estava tudo acabado.
Termino a prova em 56:32
minutos, as dores são substituídas pela alegria e sensação de dever cumprido,
foi lindo, me senti ótimo, maravilhoso. Eu gostaria que todas as pessoas
sentissem essa sensação, agora esse desafio já acabou e estou louco pelo próximo
que venha então o “Night Race”, dia 13/04.
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